Grupo de parlamentares da oposição quer que CGU avalie se vínculos de Jean Paul Prates com setor de óleo e gás inviabilizam exercício da presidência da Petrobras
Brasília, 08/02/2023 – Deputados da oposição encaminharam, nesta terça-feira (07), pedido para que a Controladoria-Geral da União (CGU) averigue possível conflito de interesse na indicação, pelo Presidente da República, do ex-senador Jean Paul Prates (PT/RN) para a presidência da Petrobrás.
Matérias publicadas pela imprensa apontam possível existência de conflito de interesses na indicação, uma vez que o ex-senador tem ligações com, ao menos, duas empresas que atuam no setor de óleo, gás e petróleo: Carcará Petróleo, que tem como atividade a extração de petróleo e gás natural, e Bioconsultants Consultoria em Recursos Naturais e Meio Ambiente Ltda, especializada em recursos naturais e meio ambiente, na qual o ex-senador é sócio por meio uma holding (Singleton Participações Imobiliárias).
Os parlamentares querem saber da Controladoria-Geral da União se a atuação de Prates no setor de óleo e gás é elemento impeditivo para o exercício da presidência da Petrobras. Segundo ofício encaminhado ao órgão, “é fato público e notório a atuação do ex-senador no setor privado de gás e petróleo”. Outro fato indicativo de conflito de interesse apontado pelos parlamentares é a intenção de Jean Paul Prates em trazer, para a diretoria da Petrobrás, um antigo sócio que também atua no setor.
“É importantíssimo apurar se há conflito de interesses, por uma questão de governança e para proteger a Petrobras do risco de ser utilizada em benefício de interesses ou grupos privados, como ocorreu no passado. Nossa obrigação como parlamentares é solicitar a apuração de possíveis incompatibilidades e/ou conflitos de interesse tendo em vista o que a Petrobras já sofreu em governos anteriores do PT”, salientou Dallagnol.
A Petrobras é a sociedade de economia mista de maior importância estratégica para o Brasil, cujo valor de mercado, em março de 2022, era de R$ 437,7 bilhões.
Assinaram o ofício os deputados federais Deltan Dallagnol (Podemos/PR), Luiz Lima (PL/RJ), Adriana Ventura (Novo/SP), Maurício Marcon (Podemos/RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL/SP), Joaquim Passarinho (PL/PA), Alfredo Gaspar (União/AL), Marcel Van Hatten (Novo/RS) e Alexandre Guimarães (Republicanos/TO).